terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Não espero que me digas nada
Sou tão inconseqüente quando o ardor me cala
e me beija a boca
e me faz transpirar o corpo
quando sobe impiedoso por entre minhas pernas e espera
Não espero que me tragas a calma
Sou tão insolente quando me esquentas a face
quando sussurras ao vento
quando ninguém pode ver
e suplicas, com os olhos em chama, minha ira
e me fazes perder o sono
Não espero que me absolvas
Sou tão confessa do teu pecado quando me desejas
quando me inquietas
quando me entregas ao mundo com palavras vadias
quando me possuis com teus delírios...
quando te perdes em meus pensamentos.