quinta-feira, 27 de maio de 2010

Falar e falar...

São exatamente 00:00h, esbarrei novamente com o desejo de violar a alma. Hoje não quero dramatizar, tão pouco romantizar mil poemas, quero apenas falar e falar e falar. Falar do que gosto de compartilhar, de como gosto de amar, amar e amar. Tenho muito trabalho a fazer, muitos projetos a realizar, deixei no passado pessoas que devariam ficar lá, longe, bem longe! Isso é bom, isso é muito bom! O processo inverso e irônico do "amar uns aos outros como a si mesmo" é a ânsia de amar ao próximo e esquecer de "si mesmo"! Causa-me arrepios, transtorna-me ao extremo! Aprender tem sido a melhor parte, olhar-me refletida no espelho e ter a certeza de que "esta sou eu!"...sem sombra, sem podas! Tenho em mim dezenas de perguntas sem respostas, se não as encontro normalmente, no decorrer dos dias, procurar pra quê? Não preciso delas! Do hoje quero tudo, não me contentarei com "meio isso", "meio aquilo", balela! Tenho em mãos tudo o que necessito para construir o novo. Dividir a vida tem sido algo desafiante, mas prazeroso ao extremo. Ser do outro sendo de "mim mesma" é barbaro, alucinante! Do trabalho? Tenho ferramentas distintas, meu desejo e meu espírito livre. Por hora, cansei-me de meus pensamentos, retorno ao trabalho e que não tentem prender- me as asas, que não me detenha o cansaço do dia. Bom dia a todos!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Do que sou

Sou de tudo o pouco nada,
Sou de nada, o tudo em pouco,
Sou do ferro, sou em brasa,
Sou da água, sou do fogo.
O indefinido me define,
O meu fim é o meu começo,
Me divirto quando grito
E me calo se aborreço.
Sou doçura em amargor,
E pudor em devaneios,
Sou loucura no furor,
Sou o clero e o puteiro.
Despedida em longa estrada,
Meia curva ao meio-dia
Pensamento em encruzilhada,
Desespero e apatia.
Submissa em sua estada,
Sua dona em longa trilha,
Sou de mim um tudo-nada,
Da escória um lindo dia.
Sou da falta companheira,
Da mentira maestria
Da alegria verdadeira,
Derradeira desta vida.

Por falar em rosas

Eu só falei das rosas, era delas que eu queria falar. Púrpuras, amarelas, corais e azuis tão raras, esbarrando na leveza do céu. Eu não tinha olhos para mais nada, eram espinhos em minhas mãos e em meu corpo indefeso, mas eu queria falar das rosas, da sua beleza e da sua fragância. Havia espinhos me sangrando o peito, mas havia pétalas enfeitando o chão.
Já é tarde, preciso colocar um curativo em minha alma. Obrigada pelas rosas, elas são lindas!